A triste partida
do Rei do Baião
Guaipuan Vieira nasceu em Teresina – Piauí, em 11 de setembro de 1951. Filho do poeta e indianista Hermes Vieira e de Maria José Sousa Rodrigues, no final dos anos 80 fixou residência em Fortaleza-CE.
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É poeta cordelista, xilógrafo e radialista atuante. É graduado em teologia pelo Instituto de Ciências Religiosas – ICRE (Faculdade Católica). Graduando em História na Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA, atualmente é funcionário do Ministério da Fazenda.
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Aos dezesseis anos já improvisava versos, mas fora duramente repreendido pela mãe, pondo fim a carreira de repentista. No entanto, desde 1976 se dedica à literatura de cordel, sendo autor de mais de 300 cordéis com temas diversificados, alguns premiados e com destaque na imprensa nacional e internacional. Cordéis que focalizam o apocalipse figuram no corpo da tese de doutorado da professora Emmanuelle Delebosse, da Universidade Antilles Guyane, de Martinique, França. Autor de canções gravadas pelos repentistas Antonio Jocélio e Zé Vicente.
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Tem um livro publicado, um no prelo e três inéditos. É correspondente da Revista Derepente e colaborador de jornal. Alguns são adaptados para o teatro pelo Renascença-RS. Traduzidos em Libras e legendas pelo Projeto Acessibilidade em Bibliotecas Públicas-SP. Estudados em livros didáticos da Secretaria de Educação de São Paulo e do Colégio Ari de Sá Cavalcante, em Fortaleza. Recebeu o título de “Cidadão 92", pela Casa de Arte ASAUF (UFC). Em 2003 recebeu “Votos de Congratulações” da Câmara Municipal de Fortaleza.
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Fundou em 1987 o Centro Cultural dos Cordelistas – Cecordel. Entidade que impulsionou a retomada do cordel em Fortaleza, contribuindo sobremaneira para o surgimento de entidades congêneres em todo o Nordeste, nos anos 90. Em 2012 foi vice-presidente da Academia Municipalistas de Letras do Estado do Ceará, instituição que foi cofundador.
Guaipuan Vieira
Sou um poeta popular
Meu diploma deixo à parte
Para que não dificulte
Eu descrever minha arte,
Por que ela é simples, pura,
Como a força da natura,
Não precisa de encarte.
A literatura de cordel, nos dias atuais, é uma rica ferramenta pedagógica de incentivo à leitura e à oralidade dos séculos, levando-nos a ser leitor fluente e crítico no universo prosaico.
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Guaipuan Vieira