
A triste partida
do Rei do Baião
Luiz Gonzaga do Nascimento, popularmente conhecido como Luiz Gonzaga ou o Rei do Baião, foi um dos nomes mais importantes da história da música popular brasileira.
Nasceu em Exu, Pernambuco, no dia 13 de dezembro de 1912. Seu pai, Januário, trabalhava na roça e consertava instrumentos musicais, nas horas vagas tocava acordeão e foi com ele que Luiz herdou o dom da música.
Ainda garoto, já se apresentava em bailes, forrós e feiras próximos à região onde morava. Aos dezoito anos se apaixonou, mas o pai da moça, um coronel bastante bravo, não aceitava o casamento, por isso Luiz decidiu ir morar em outro lugar sem avisar ninguém. Foi para Fortaleza e ingressou no exército. Nesse período, ele viajou por vários estados brasileiros como soldado e a família sem saber nenhuma notícia dele.
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No Rio de Janeiro, saiu do exército e lembrou-se do seu grande sonho que era dedicar-se à música. Começou a tocar em bares e programas de calouros, mas tocava valsas, serestas e sambas até que em 1941, em um dos programas cantou uma música regional de sua autoria, Vira e mexe, e fez o maior sucesso. Contratado por uma gravadora, apostou no xote, xaxado e baião e lançou o seu primeiro disco (antigamente não existia CD, muito menos celular para tocar as músicas), e foi aí que ele não quis mais parar de cantar.
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Somente em 1946 que Luiz voltou pela primeira vez à sua cidade de origem e reencontrou os pais e irmãos. Esse reencontro rendeu a música Respeita Januário, na qual Luiz toma uma bronca, mesmo depois de adulto. Onde já se viu sumir no mundo e não dar notícias, não é mesmo? Mas depois disso Luiz passou um tempo com a família e nunca mais deixou de falar com eles.
Durante muitos anos, Luiz sofria com dores nos ossos por causa de uma doença chamada osteoporose e no dia 2 de agosto de 1989 faleceu em Recife depois de passar muito mal.
A cidade em que Luiz nasceu, Exu, guarda muito do legado deixado pelo cantor. Lá existe um parque, o Aza Branca (assim com “z” mesmo, em homenagem a Luiz e a uma de suas canções mais famosas, Asa Branca). Lá também ainda está a casa onde morou, o Museu do Gonzagão, com muitas fotografias, troféus e presentes que ele ganhou, e o mausoléu onde está enterrado. Hoje existem muitos livros, como esse que você leu, documentários, músicas regravadas, monumentos e até um filme sobre a vida dele e de seu filho, Gonzaguinha, que também foi um famoso cantor.
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